Desde 2013, a Rodoviária de Taguatinga, localizada na Avenida Elmo Serejo, opera de modo provisório, com estrutura precária. Ainda assim, segundo a Secretaria de Transporte e mobilidade (Semob), nos últimos dois anos foram investidos cerca de R$ 150 mil visando manter a operação e adequar a estrutura às necessidades do terminal. Segundo a Semob, por dia passam 12 mil pessoas, em média, pela rodoviária.
Para Elisângela Alves Araújo Andrade, de 39 anos, servente de pedreiro, a rodoviária está uma bagunça. Ela veio do interior do Goiás, para passar alguns dias na casa da tia e desembarcou no terminal provisório. “Aqui tem um cheirinho meio forte de urina. Mas, no mais, o pessoal daqui é super gentil com a gente”, comentou.
Além do cheiro que desagradável, Elisângela considera a falta de locais para sentar. O ônibus da viagem de volta dela era as 18h, mas ela teve que chegar mais cedo e ficou esperando em pé com as malas, já que o local estava lotado. “Fica cansativo. Aqui a situação é bem mais precária em comparação com outras rodoviárias”.
Cleonice Domingues Pereira, de 52 anos, atualmente desempregada, mora em Goiânia, mas é apaixonada por Brasília e sempre visita a capital. “Sempre venho aqui. Agora vai fazer quase um mês que eu estou aqui, e minha filha estava aqui comigo passando as férias”. Ela é otimista quanto ao terminal e aponta que ainda tem muita coisa a melhorar, mas tem certos pontos que estão bons. “Do ano passado para cá, por exemplo, nem se compara o tanto que já melhorou”.
Cleonice, que sempre desembarca no terminal quando vem a Brasília, pontua que a segurança precisa de prioridade no local. Ela já tem planejada a volta para Brasília, para o mês de julho e espera encontrar a rodoviária ainda melhor.
Thayrine Pereira dos Santos, de 27 anos, recepcionista, estava no terminal de ônibus para esperar a mãe que ia chegar de Águas Lindas (GO) para partir de viagem. “Eu confesso que eu não gosto muito daqui. Acho que tudo está bagunçado”. Para ela, falta organização e segurança. “Aqui tem muitos usuários de droga. Não é igual a da Asa Sul, por exemplo”. A recepcionista acredita que o espaço tinha que ser melhor, para receber a quantidade de usuários que frequentam a rodoviária. “Do tempo que eu conheço essa rodoviária, ela está a mesma coisa”.
A técnica de enfermagem Maria Luiza Souza, de 29 anos, está vindo de Teresina (PI) e, acompanhada da família, conta que sempre desembarcam no terminal. “Porque é mais perto de onde a gente mora”. Ela já está acostumada com o local e a questão de segurança não a incomoda. “A gente não tem medo, porque a gente já é daqui”. Ela acha, inclusive, que a Rodoviária interestadual de Brasília seja mais perigosa do que a de Taguatinga. “Pelo menos a parte de fora”. Mas a questão estrutural da rodoviária, ela reconhece que precisa melhorar. “Aqui precisava de umas melhorias”.
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